com 2ª maior frota do mundo, aviação agrícola brasileira tenta afastar imagem de atividade poluidora

06/10/2022 | Por: https://www.aeroagricola.com.br/

com 2ª maior frota do mundo, aviação agrícola brasileira tenta afastar imagem de atividade poluidora

Com 2ª maior frota do mundo, aviação agrícola brasileira tenta afastar imagem de atividade poluidoraEspecialistas defendem que avanços tecnológicos tornaram o trabalho mais eficaz e seguro. Setor busca autorização para o uso de aviões na aplicação de inseticida contra o Aedes aegypti. Completando 70 anos no país, a aviação agrícola comemora o crescimento de 44% na frota só nos últimos oito anos, mesmo diante da crise financeira mundial. O Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) contabiliza 2.083 aeronaves, a segunda maior frota do mundo, além de 240 empresas e 548 operadoras privadas. Apesar do reconhecimento expresso em números, o setor ainda tenta se afastar da imagem de mero aplicador de veneno. Dono de uma empresa aeroagrícola, o empresário Bruno Vasconcelos explica que o avanço tecnológico tornou o trabalho mais eficaz e seguro não só para quem executa, mas, principalmente, para o consumidor final. “A aviação agrícola nada mais é do que a mecanização inteligente no campo. Então, se existe uma dificuldade, já não é técnico-econômica. Os benefícios, tanto de nutrição, ou de defesa das culturas, são evidentes. Essa é uma atividade que tem pouco risco associado, importante do ponto de vista de produtividade e da produção de alimentos”, diz. Exemplo disso é o projeto Colmeia Viva, que une apicultores, empresas aeroagrícolas, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) com o objetivo de acabar com a mortalidade de abelhas, a partir de boas práticas de pulverização aérea de defensivos. “Você tem equipamentos avançadíssimos para garantir precisão, toda uma tecnologia aparada para que realmente não aconteça, utilizando essa técnica, nenhum tipo de desvio. Então, mesmo que você use algum produto agrotóxico, está fazendo com a maior responsabilidade possível”, afirma Vasconcelos. Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) destaca que o maior desafio do setor ainda é a falta de informação por parte da sociedade, explicando que a atividade é regida por uma legislação extensa e fiscalizada por diversos órgãos, como o Ibama, o Ministério da Agricultura, a Agência Nacional de Aviação Civil, entre outros. A entidade reforça que os produtos aplicados pelos aviões agrícolas são usados também por meios terrestres, que o trabalho possui regulamentação específica e que cada empresa é obrigada a ter engenheiro agrônomo próprio e, na equipe em terra, um técnico agrícola com especialização em operações aéreas. "Eficiência que muitas vezes resulta na redução da necessidade de produtos. Sem falar que o avião não toca nas plantas e nem amassa o solo, evitando o transporte de patógenos e o amassamento que resulta em média na parda de 3% da colheita. Ou seja, mais produtividade, que por sua vez implica em evitar o avanço da fronteira agrícola sobre áreas ambientalmente sensíveis", diz.

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